Em sua revivescência o estilo gótico no século XX não era utilizado somente em igrejas, mas em outras edificações por ser um estilo flexível de projeto possibilitando diversos usos, onde podemos citar prefeituras, tribunais de justiça, estações ferroviárias, grandes hotéis.
Fora da Inglaterra a revivescência gótica foi bastante difundida, mas com menos vigor.
Prolongou-se no séc.XX, talvez tendo seu florescimento final na catedral anglicana de Liverpool, de Sur Giles Gilbert Scott, que torna-se um exemplo dramático por ser um pico de arenito vermelho que não tem nada do calor da obra medieval e é melhor comparada com usinas de energia que o mesmo arquiteto construiu mais tarde.
Catedral Anglicana de Liverpool, 1903 - 1978. Está entre os últimos edifícios da revivescência gótica.
Uma das maiores diferenças entre o Gótico original e sua revivescência que podemos citar é a deformação da verticalidade nos edifícios, um certo achatamento, e também a perversão no uso do estilo, antes somente utilizado em igrejas.
Notre Dame de Chartres - Gótica
Tribunais de Justiça Reais, Londres - Revivescência Gótica.
Augustus Pugin é considerado a mola mestra da arqueologicamente correta revivescência gótica. Viveu com rapidez e morreu louco. Pugin acreditava que um edifício não devia ter nenhuma característica que não fosse necessária à conveniência, à construção ou ao decoro, e que o ornamento devia limitar-se à estrutura essencial do edifício. Era contra todas as formas de imitação e zombava do que via como arquitetura vistosa, extraída de estilos históricos típicos de contos de fadas.
Palácio de Westminster, Londres. Pugin foi responsável não apenas pela modelagem do interior e pelo detalhamento exterior das fachadas do palácio, mas também por itens como o papel de parede e os tinteiros. O design é preservado até hoje.
Considerado também um dos maiores arquitetos desse estilo Karl Friedrich Schinkel, ao contrário de muitos outros, em suas obras tentou traduzir a arquitetura da Grécia antiga ao invés de copiá-la. Seus edifícios caracterizam-se não somente por sua beleza profunda e elementar, mas também por seu rigor. Primeiro funcionalista de verdade, seus edifícios expressam claramente a própria estrutura; fazem uso de tecnologia e materias novos, quando necessário. Foi um administrador-arquiteto, estudou academicamente e mostrou ser competente em todas as tarefas que assumiu como podemos observar no edifício do Altes Museum, em Berlim, na Casa do Jardineiro da Corte, em Postdam, na funcional Academia de Arquitetura, também em Berlim.
Altes Museum, Berlim
"O detalhamento e o projeto arquitetônicos - a arte da arquitetura - nuca devem ocultar as formas estruturais maiores". Karl Friedrich Schinkel
Ola colegas!
ResponderExcluirGostaria de fazer um comentário sobre o Altes Museum, esse edifício que foi um dos primeiros museus da Europa que foi construído exatamente para albergar uma coleção real de pinturas e antiguidades, tendo uma grande preocupação com a funcionalidade na parte interna.
Fiquei em duvida em uma questão: o altes musem faz parte da revivencia gótica?
Para mim esse edifício faz uma referencia aos templos gregos, tendo uma forte ligação desse edifico com o Parthenon, tanto pela horizontalidade, as colunas e suas proporções. Não vejo uma ligação desse edifício com a revivencia gótica, mas se eu estiver errado gostaria que alguém comentasse!!
abraço a todos
Renato Slomski
Olá colegas
ResponderExcluirTentando esclarecer a dúvida do Renato, não posso afirmar com toda certeza que o Altes Museum seja uma obra da Revivescência Gótica, também fiquei em dúvida agora.
O edifício foi postado por ser um dos principais projetados por Schinkel que foi um dos principais arquitetos do estilo.
A dúvida quem pode nos esclarecer é o professor, gostaria que se possível isso fosse comentado para tirar nossa dúvidas prof. Alexandre.
Desculpe algum transtorno colegas :)
Júlia.
Cheguei para esclarecer. Peço ao grupo que conserte, pois o Altes Museum e a obra de Schikel pertencem ao Neoclassicismo. Dependendo da fonte de consulta, agrupa-se pela simultaneidade no tempo dos tipos neoclássico e historicista, como pertencendo a um mesmo grupo temporal, mas distintos em matéria de estilo.
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