domingo, 4 de outubro de 2009

A ARQUITETURA DO FERRO

Galeria das Máquinas - 422m de comprimento, vão coberto de 114m e altura de 47m.


Somente a partir de progressos industriais do final do séc.XVIII a produção de ferro em grandes quantidades foi possível e também sua aplicação à maioria dos edifícios. Antes disso o ferro só era utilizado como reforço em tirantes, correntes, etc.
As primeiras construções que se utilizaram do ferro foram os pavilhões de exposições e estações ferroviárias e também na construção de pontes.

Palácio de Cristal - Joseph Paxton


Ferro e vidro foram introduzidos na construção civil trazendo muitas vantagens tanto no lado estrutural quanto construtivo, pois possibilitou maior rapidez na execução das obras.
Apesar das vantagens que o ferro trouxe, no séc.XIX tudo o que hoje temos como arquitetura do ferro, não era considerado arquitetura. Fábricas, armazéns, pontes com grandes vãos, naves para exposições, estações ferroviárias, enfim, inúmeras novas propostas construtivas necessárias ao desenvolvimento crescente da população e da industria, eram vistas apenas como construções utilitárias e nada tinham a ver com arquitetura. Um dos principais exemplos desse pensamento foi a Torre Eiffel, projeto do engenheiro Gustavo Eiffel para a Exposição Mundial de Paris, em 1889. Declarada como a vergonha de Paris destinava-se a ser demolida após a Exposição.

Torre Eiffel, 1889 - Gustavo Eiffel. Com altura de 300m permaneceu por 40 anos como a construção mais alta erigida pelo homem.


Estação King's Cross

Nas estações ferroviárias as grandes naves com estrutura de ferro eram escondidas com fachadas revivalistas em pedra, voltadas para a cidade.
Como as construções executadas com suportes e vigas em metal já não necessitavam de paredes estruturais, começa aí a maior revolução técnica da história da arquitetura "a construção maciça foi substituída por uma construção estrutural, que permitia a execução de edificações, praticamente de qualquer dimensão, tanto em altura como em área, com elementos pré-frabicados e em tempo recorde".
Para tornar perfeita a revolução desta nova técnica de edificação, ao metal juntou-se o betão (concreto armado de hoje). Material resistente à pressão, que permitia a pré-fabricação de elementos construtivos, versátil, aplicado juntamente com o com armaduras de varões de aço (ou ferro) , basicamente eliminaram os pontos fracos da construção realizada, na época, com esses materiais. O peso da própria estrutura do edifício pôde ser reduzido ainda mais, tornando-se possível sobrepor um número cada vez maior de pisos, assim possibilitando aumentar cada vez mais a área útil de uma mesma área de terreno.

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